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Estado de Minas

Monti tentará garantir credibilidade da Itália ante Alemanha e França


postado em 23/11/2011 16:16

Os líderes de Alemanha, França e Itália realizarão na quinta-feira uma reunião na qual o chefe de governo italiano, Mario Monti, tentará garantir os esforços de seu país para frear o contágio da crise da dívida na Eurozona.

O presidente francês Nicolas Sarkozy receberá em Estrasburgo a chanceler alemã, Angela Merkel, e Mario Monti com o objetivo de acelerar a aplicação do plano de resgate da Eurozona para tranquilizar os mercados e evitar que a crise na Itália e Espanha se espalhe para toda a Europa.

Os três vão examinar a possibilidade de reforçar o papel do Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e a eventual criação de eurobônus.

Apesar das crescentes pressões, a Alemanha ainda se nega a aceitar que o BCE aumente a compra de dívidas de países pressionados pelos mercados. Para Sarkozy, também está em jogo a classificação AAA, nota da dívida francesa, cinco meses antes das eleições presidenciais.

A agência Fitch afirmou nesta quarta-feira que a classificação da França, a melhor possível, pode correr risco caso a crise da dívida na Eurozona se agrave. Para a Alemanha, a primeira potência econômica da União Europeia (UE), manter o crescimento de sua economia também depende de seus dois vizinhos, que são seus principais parceiros comerciais.


Além disso, Berlim obteve demanda de pouco mais da metade das obrigações que ofertou nesta quarta-feira, num total de 3,6 bilhões de euros captados contra 6 bilhões ofertados na forma de títulos. A Agência Nacional da Dívida considerou que o leilão "refletiu o nervosismo do mercado".

O primeiro-ministro francês, François Fillon, classificou o encontro de Estrasburgo como de "suma importância", enquanto Monti relativizou: "É uma reunião muito informal, uma reunião de trabalho" que não é da "ordem do dia", declarou o chefe do governo italiano.

O ex-vice-presidente da Comissão Europeia prefere tratar estes temas a nível "comunitário" e não apenas na dupla França-Alemanha, mesmo quando esta inclui Roma. Irritado, o vice-governador do Banco Central da Itália, Fabrizio Saccomanni, chamou Berlim e Paris de "pequeno diretório".

Na terça-feira, Monti, que realizou em Bruxelas sua primeira visita ao exterior desde sua nomeação à frente do Governo italiano, exprimiu-se vagamente sobre a capacidade de seu país de cumprir o objetivo de equilibrar as contas públicas até 2013 em um contexto de degradação do clima econômico mundial.

Monti afirmou que seu governo respeitará os compromissos gerais adotados em matéria de finanças públicas. Contudo, em relação à meta de 2013, "ainda não discutimos especificamente o caso da Itália, e sim apenas a situação geral da UE", disse após a reunião em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.


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