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Estado de Minas

Magazine Luiza paga R$ 83 milhões pela rede de Sílvio Santos


postado em 14/06/2011 07:17

A Magazine Luiza anunciou ontem a aquisição da rede Baú da Felicidade, criada pelo apresentador e empresário Sílvio Santos, por R$ 83 milhões. O negócio foi informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central (BC), por meio de fato relevante. A aquisição prevê a compra de 121 lojas localizadas em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. “Com a operação, a Magazine Luiza reforça sua estratégia de consolidação da sua presença nos mercados de atuação, com destaque para o fortalecimento das operações no Paraná e na Região Metropolitana de São Paulo”, informa a empresa no fato relevante.

Além da localização estratégica das lojas do Baú, a companhia destacou o foco da rede na classe C, mesmo público-alvo das lojas da Magazine Luiza, como um dos motivos que a levaram a concretizar o negócio. Segundo a empresa, a celebração dos contratos definitivos deve ser feita até o dia 30. A Magazine Luiza informou que o valor da operação representa cerca de 20% do faturamento bruto das lojas em 2010, “indicando um alto potencial de geração de valor para os acionistas”. A projeção considera que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data do fechamento da transação.

Com a operação, a Magazine Luiza consolida a posição de segundo maior grupo varejista de eletrônicos e eletrodomésticos do país. Além disso, adiciona 3 milhões de clientes à sua base de cartões.

A aquisição marca o primeiro movimento da varejista após ter reforçado o caixa em abril com mais de R$ 600 milhões resultantes de sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Depois de perder a disputa de Ponto Frio e Insinuante para Pão de Açúcar e Ricardo Eletro, respectivamente, a Magazine Luiza desembarcou no Nordeste, onde ainda não tinha operações, ao adquirir a Lojas Maia em julho do ano passado.

“A aquisição da rede Baú complementa a Magazine Luiza por causa das lojas no Paraná e no interior de São Paulo”, diz o concorrente e diretor-presidente da Máquina de Vendas, formada pela fusão da Ricardo Eletro com a rede Insinuante, Ricardo Nunes. Ele admite ter avaliado a aquisição, mas conta que desistiu do negócio “porque não tínhamos nada no Paraná”. A cada dia, segundo ele, o varejo vem se consolidando e a situação fica mais difícil para os pequenos. Lúcio Costa, proprietário da Suggar Eletrodomésticos, acredita que a operação fortalece a Magazine Luiza e lembra que as unidades compradas do Baú foram adquiridas antes da Dudony. “São lojas grandes e importantes em Maringá, Londrina e Grande Curitiba, que são cidades que precisam de uma grande cadeia de eletrodomésticos. Lá não tem Ricardo (Eletro), nem Ponto Frio”, lembra.

Na avaliação do advogado Leonardo Guimarães, especialista em fusões e aquisições, o segmento de eletrodomésticos passa por uma onda de crescimento e de consolidação. “A mobilidade social faz com que o consumo desses produtos cresça. É a consequência imediata do aumento do poder de compra da população. Por isso, há essa tendência de consolidação. A concorrência é grande e uma rede compra a outra”.


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