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Estado de Minas

Profissionais da tecnologia da informação são altamente cobiçados pelo mercado


postado em 20/02/2011 16:17

André Lopes Gonzaga conseguiu quadruplicar o primeiro salário em pouco tempo e hoje é diretor da empresa(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )
André Lopes Gonzaga conseguiu quadruplicar o primeiro salário em pouco tempo e hoje é diretor da empresa (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )
Ele está no auge da carreira, apesar de ainda não ter concluído a graduação. Já conseguiu quadruplicar o primeiro salário e hoje tem cargo de diretor na empresa da qual é sócio. Continua a receber propostas tentadoras para mudar de emprego, mas agora quer investir no próprio negócio. "Em três anos não vou mais estar em Belo Horizonte. A empresa vai crescer tanto que vou ter que ir para São Paulo ou para outro país", planeja o estudante André Lopes Gonzaga, de 25 anos, aluno do curso de sistemas de informação.

A carreira meteórica do jovem começou com três estágios, um deles em uma multinacional alemã. Um mês depois de ser contratado pela terceira empresa, assumiu o cargo de programador e seu salário praticamente dobrou. Dois anos mais tarde, recebeu um convite irrecusável e mudou novamente de trabalho. “Nunca fui atrás de outros empregos, sempre me procuraram com propostas melhores”, conta. André logo foi chamado para ser sócio da Nuvem, empresa especializada em soluções web, e diz que se considera privilegiado por ganhar dinheiro com o que mais gosta: computador.

André não é exceção no mundo da informática. Não só na capital mineira, mas em todo o Brasil, o mercado de trabalho é muito dinâmico e permite a rotatividade constante dos profissionais, que estão sempre em busca de emprego (e salário) melhor.

Especializado na área de tecnologia da informação (TI), o site Ceviu recebe, em média, 4 mil currículos por dia, a maioria de quem já está empregado. “Se há 10 anos a pessoa ficava três anos e meio no emprego, hoje ela fica bem menos tempo. O giro na área de informática é muito grande”, analisa o mineiro Adriano Alves Dalcin Costa, que há sete anos criou o serviço.

Surgem aproximadamente 750 vagas a cada dia, sendo que 80 são para Minas. Nosso estado está atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. A oferta é bem variada. Atende profissionais de nível técnico, que podem ganhar R$ 1 mil como atendente de help desk, até aqueles interessados em ser gerente de TI, que chegam a ter salário de R$ 12 mil. Porém, a grande demanda ainda é por programador e analista de sistemas. Segundo dados da Sociedade Mineira de Software (Fumsoft), 86% das empresas necessitam de mão de obra para ocupar os dois cargos.

Vagas em aberto

Mesmo com bastante opção de currículo, no entanto, os contratantes estão com dificuldade de preencher as vagas. Adriano Alves conta que muitas ofertas de emprego estão no ar há vários meses, à espera de um profissional que se encaixa no perfil. “O mercado está muito bom para os profissionais, mas é desesperador para as empresas. Recebemos ligações dramáticas de pessoas que não encontram o funcionário que querem”, comenta. Como ele já observou, os principais entraves são falta de especialização e domínio de inglês, fundamentais na área de TI.

Estudo da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) confirma a preocupante escassez de mão de obra. Até o ano passado, havia um déficit de 71 mil. Os pesquisadores também constataram que a carência tende a se acentuar nos próximos anos. A estimativa é de que, em 2013, faltem 140 mil profissionais no mercado de trabalho. O número pode chegar a 200 mil caso a demanda da indústria brasileira de software seja maior do que se imagina.

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