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Estado de Minas

Marcelo Odebrecht assinou acordo de delação com o MPF


postado em 31/05/2016 17:00

Segundo informação do jornal ?Valor Econômico?, o empresário, Marcelo Odebrecht assinou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e já começou a prestar depoimentos aos investigadores da Operação Lava-Jato desde a semana passada. Ele está preso desde o primeiro semestre do ano passado e já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, também prestará depoimentos às autoridades, além de outros executivos da empresa. Todos os investigados assinaram um termo de confidencialidade sobre as negociações.

A delação de Marcelo Odebrecht preocupa muitos partidos investigados no esquema de corrupção da Petrobras, pelo fato de os investigadores da Polícia Federal terem apreendido na casa de Benedicto Barbosa Silva Junior (BJ), presidente da Odebrecht Infraestrutura, uma ?superplanilha? com listas de doações feitas pelo Grupo Odebrecht a mais de 300 políticos do país, de diversos partidos (PT 75, PMDB 45, PSDB 33, PP 23, PSB 22, DEM 15, PDT 10, PSD 11, PC do B 7, PPS 7, PV 7, PR 3, PRB 2, SD 1, PSC 4, PTB 3, PTN 3, PT do B 2, PPL 1, PTB 1, PRP 1, PCB 1 e PTC 1).

A planilha foi descoberta na 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que teve como alvo o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Ainda não é possível afirmar se as doações foram feitas legalmente ou por meio de caixa 2, todavia, as novas delações podem esclarecer a legalidade das quantias exorbitantes encaminhadas aos partidos, chegando ao patamar de R$55,1 milhões.

A técnica delação premiada ganhou notoriedade ao ser usada pelo magistrado italiano Giovanni Falcone para desmantelar a Cosa Nostra (Máfia). É uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso, mais precisamente chamada ?colaboração premiada?. Uma das características marcantes da colaboração premiada: o benefício depende da efetividade da colaboração, isto é, de resultado.

Resta agora o presidente da OAS, Léo Pinheiro, fechar as negociações pendentes com os investigadores para também delatar cúmplices, revelar a estrutura e funcionamento do locupletamento, visando à prevenção de novos crimes e à recuperação dos lucros obtidos com a prática criminosa. Considerando o quadro de corrupção sistêmica identificado na Operação, o pagamento de propina tornou-se regra na relação entre o público e o privado.


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